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Sobre nós

Almada (Pragal), Setúbal, Portugal
Turma de Línguas e Literaturas da Escola Secundária Fernão Mendes Pinto (Área de Projecto)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

"Sultana"

Há alguns anos atrás, tinha eu treze anos, li um livro designado “Sultana, A Vida de uma Princesa Árabe” que me despertou a atenção para as chocantes tragédias humanas existentes em certas zonas do mundo. Esse livro é um relato de histórias verídicas de mulheres muçulmanas, descritas pela jornalista Jean P. Sasson, de que esta tomou conhecimento e/ou experienciou. Escolhi relatar alguns factos que estão presentes neste livro por achar que o seu conteúdo e objectivos se enquadram na função do nosso trabalho de Área de Projecto sobre A Evolução da Condição da Mulher, pois é necessário partilhar certos acontecimentos com o mundo.
Este livro, acima de tudo, é um testemunho humano do que acontece nalgumas sociedades mais retrógradas do mundo árabe, pois existem certos horrores que desconhecemos. Existem certas tragédias que ignoramos. Existem certas humilhações que nos são indiferentes. Além de que a maior parte das pessoas não tem conhecimento do quanto as mulheres são subjugadas e submetidas ao poder dos homens, somente por terem nascido num país em que são consideradas como o “sexo fraco” e como a “origem de todo o mal”.
Através da leitura deste livro compreendi uma realidade avassaladora, que até à época me era praticamente desconhecida. Não sabia que ainda havia homens que chicoteavam e matavam indivíduos do sexo feminino somente por estes terem desafiado as normas morais estabelecidas ou por lhes terem desobedecido, ao exprimirem algo tão natural no ser humano como sentimentos e/ou opiniões. Li que um homem preferiu chicotear e mandar apedrejar, em praça pública, a filha de treze anos, no mesmo dia em que esta tinha dado à luz uma bebé, fruto de varias violações, do que acreditar que ela fosse uma vítima dos impulsos sexuais de vários adolescentes drogados. Esse pai, chefe de família, juntamente com a maior parte dos habitantes da sua vila, acusaram-na de ser uma fornicadora ímpia, que, ao manchar a sua honra e costumes islâmicos, tinha cometido um crime grave contra Ala. A família além de não ter acreditado nela, nada fez contra os rapazes que a violaram, porque estes alegaram que ela os tinha seduzido, sendo assim ilibados do seu crime. Não consegui acreditar nesta severidade e obscurantismo em relação à mulher, era surreal este contraste de mentalidades, ocidental com oriental. Chocou-me de tal forma que tentei reunir o máximo de informações possíveis sobre a condição da mulher, na nossa Era, um pouco por todo o mundo, até que conclui que, infelizmente, ainda existem muitas situações revoltantes e repletas de injustiças, como as que são descritas neste e noutros livros. Se as tentasse enumerar a todas não haveria nem possibilidade, nem folhas suficientes para tal. Todavia, é possível contar as histórias que chegam até nós, é possível divulgar certos casos, é possível ajudar estas pessoas, é possível lutar pelos seus direitos e é também possível incentivar a evolução, para que a ordem das coisas mude. Este best-seller é uma prova disso, é uma prova de que nem que se fale só do que aconteceu e do que acontece nos dias de hoje, se pode um dia alterar o que estava previsto acontecer. É esta a nossa finalidade inicial, é esta a função que o nosso grupo se sente motivado a alcançar, a de sensibilizar as pessoas, através da divulgação deste tipo de informações…

Marta Ferreira Leite

2 comentários:

AlmaInova disse...

Gostei bastante do vosso blog, acho que escolheram um tema interessante onde expõem as violações aos direitos humanos principalmente no que trata ás mulheres, violações que estas têm vindo a sofrer ao longo dos tempos e que infelizmente ainda se verificam em pleno século XXI principalmente nos países subdesenvolvidos onde nos deparamos com situações escandalosas.
Parabéns e continuação de um bom trabalho

Anónimo disse...

Para se modificar comportamentos e "tradiçoes" onde a mulher esta em completa desigualdade de direitos por vezes ate em relaçao a animais, que sao mais estimados que um genero femenino,é PRECISO FALAR, ESCREVER,FOTOGRAFAR,DENUNCIAR E NUNCA MAS NUNCA DEIXAR ESQUECER....parabens e obrigado!
Leonor Xavier