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Sobre nós

Almada (Pragal), Setúbal, Portugal
Turma de Línguas e Literaturas da Escola Secundária Fernão Mendes Pinto (Área de Projecto)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Mutilação Genital Feminina

O texto que se segue é um excerto do livro "Mulheres e Direitos Humanos" publicado pela Amnistia Internacional, sobre uma prática que em pleno século XXI não é assim tão fora do comum, tanto em países islâmicos, como em certas zonas da Europa:

  • A Mutilação Genital Feminina
  • “A rapariguinha, completamente nua, é imobilizada na posição de sentada num banco baixo por pelo menos 3 mulheres. Uma delas com os braços, muito apertados, à volta do peito da criança; as outras duas mantêm abertas as pernas da criança à força de modo a abrirem bem a vulva. Os braços da criança são amarrados atrás das costas ou imobilizados por duas outras convidadas.
    (...) Em seguida a velha tira a lâmina e extirpa o clítoris. Segue-se a infibulação: a operadora corta com a lâmina o lábio menor de cima a baixo e em seguida raspa a carne do interior do lábio grande. Esta ninfectomia e raspagem são repetidas do outro lado da vulva. A criancinha grita e contorce-se de dor, apesar da força exercida sobre ela para ficar sentada.
    A operadora limpa o sangue das feridas e a mãe, assim como as convidadas, “verificam” o seu trabalho, por vezes pondo lá o dedo. A intensidade da raspagem dos lábios grandes depende da habilidade “técnica” da operadora. A abertura que é deixada para a urina e para o sangue menstrual é minúscula.
    Depois a operadora aplica uma pasta, assegura-se que a adesão dos lábios grandes fica feita através de um pico de acácia, que fura um lábio passando através deste para o outro. Desta maneira enfia 3 ou 4 na vulva. Estes picos são depois mantidos nesta posição com uma linha de coser ou com crina de cavalo. Volta-se a pôr pasta na ferida.
    Mas tudo isto, não é o suficiente para garantir a união dos lábios grandes; por isso a rapariguinha é então atada a partir do pélvis até aos pés: faixas de tecido enroladas como uma corda imobilizam completamente as pernas. Exausta, a rapariguinha é depois vestida e deitada numa cama. A operação dura de 15 a 20 minutos segundo a habilidade da velha e a resistência que a criança oferecer."

2 comentários:

Anónimo disse...

MEU DEUS… ora bem, tal como a Daniela me pediu, eu vim dar uma “espreitadela” a este blog e quando li este artigo fiquei completamente parva.
Toda a minha vida fui rodeada pela ciência mais especificamente a que esta ligada aos animais e ser humano… conheço razoavelmente bem o corpo humano, e por acaso este ano estudei em Biologia e com bastante especificidade as gónadas do sexo feminino, conheço bem a sua estrutura e sei o quanto perfeita é uma mulher!
Acho incrível como é que podem existir países com uma mentalidade tão retrógrada ao ponto de cometer actos como este! Como é que as pessoas conseguem ser tão invencíveis, ter o sangue congelado para fazer tal coisa.
Enfim… quanto ao vosso trabalho pelo o que vi aqui penso que está muito bem encaminhado e tenho a certeza absoluta que o produto final será como eu costumo dizer “Fabulástico” =P

Catarina *

Anónimo disse...

A castraçao fisica é nalguns Paises pratica considerada usual, mas atençao a castraçao PSICOLOGICA porque se repararmos bem as mulheres sao educadas para serem vitimas, educadas a aguentar porque faz parte da condiçao delas, principios estes muitas vezes dados por padres....

Leonor Xavier